quarta-feira, 14 de outubro de 2009

As cartas podem mentir?

Luciana descobre pelo tarô de Regina que vai sofrer um acidente

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A coisa rola meio de brincadeira, por pura e frívola curiosidade. No fundo, é um pouco do desejo que todo mundo tem de descobrir o futuro, mas sem grandes compromissos, sem precisar dispor da própria alma. O fato é que, sabe-se lá por que, Luciana vai parar na mesa de Regina, para que ela leia sua sorte no tarô. A consulente tem um sorriso nos lábios e os olhos fixos nas cartas. Quer saber tudo: se vai fazer sucesso, realizar os sonhos; quer saber também se o namorado ainda a ama, se vai se casar etc. Sem querer, na ansiedade, Luciana já vai se abrindo, confessando desejos pouco modestos: “Quero a luz dos refletores, brilhar e ser famosa”.

Futuro brilhante


Luciana corta as cartas e Regina dispõe as cartas. “Vejo que você está dividida”, mas a cartomante logo explica. Luciana não entre dois amores, como ela pode pensar, mas dividida entre o amor e o trabalho. “Vejo uma boa notícia... Uma proposta de trabalho fora do Brasil”, continua. Luciana se empolga, quer saber mais. Regina atende e vê nas cartas um futuro todo colorido: sucesso, dinheiro, sorte no amor. Sim, ela vê um casamento. Será com Jorge? Tomara...  Que bom, as cartas nunca mentem, não é?

O acidente

Súbito, Regina para, confere as cartas e essa pausa é intrigante. “O que foi?”, pergunta a consulente. Regina não esconde o que os arcanos lhe mostram “Vejo um acidente”.  Luciana se assusta. Seria confirmação para os sonhos que tem tido com acidentes? Seria um aviso de morte? “Não vejo morte, só acidente”, conclui a cartomante.
As cartas podem estar mentindo? Tem de estar... Tomara.

Xiiiii… Amarelou!

Desesperada, Renata se acovarda e foge de testeimage

Toca o celular de Renata e primeira pergunta de Miguel é: “Como foi o teste?”. O rapaz está ansioso pra saber o resultado, sabe da importância e da urgência de um trabalho para namorada. Obviamente, pelo aparelho não a vê. Se visse, saberia na hora que o teste foi um fiasco, ou melhor, descobriria que não houve teste algum. Sim, Renata simplesmente abandonou a sala correndo, tão logo que seu nome foi chamado. Como se diz na gíria: amarelou! Mas como Miguel não está cara a cara com ela – e porque ela já ingeriu alguns goles de uma mistura de vodca e suco de laranja – Renata sente-se capaz de mentir. Diz que diretor e produtor simplesmente não apareceram, deram o cano. Miguel não engole a história, mas fica na dele. Mais tarde, ele vai investigar e descobrir por intermédio de Raquel tudo que houve. E aí o bicho vai pegar.

Mas o que foi que houve? Acontece mais ou menos assim:

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Sentada ao lado da amiga, Renata sofre a cada nome chamado. Mãos frias, pálida, vê-se que não está bem. Estão num teatro, e das cadeiras assistem ao desfile das candidatas – todas, na opinião de Renata, muito melhores que ela. Ela está um bagaço, numa agonia de dar dó. Treme, sua. Além do texto proposto, há uma leitura de poemas que as candidatas têm de ler na hora, de improviso. Renata sai, vai à cantina, pede algo alcoólico, mas como é de manhã e não vendem nada assim, volta ainda mais nervosa. Súbito, chamam: Renata Ferreira. É ela! O assistente vem buscá-la. Renata se levanta: “Não sou eu, não sou”. E se levanta, já saindo. Raquel vai atrás, tentar impedir que desista, mas não há quem a faça voltar. Renata apressa o passo, corre. Tem de se preparar mais, diz. É a desculpa pra covardia. Já lá fora, tal é seu medo, que quase é atropelada.
S.O.S. pra essa moça. 

Imposição da vontade

Marcos não gosta de saber que Luciana também vai à Petra

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Quando descobre que o desfile e a viagem para Petra está confirmada e que Luciana, por obra e graça de Helena, está incluída no pacote, Marcos não gosta nem um pouco. Pra ele, Helena deveria ter conversado antes de aceitar a proposta e mais, não deveria bancar a empresária de Luciana. “Ela é muito nova pra se aventurar por aí, morando numa cidade diferente a cada seis meses”, diz Marcos, que ainda acha que esse tipo de vida não faz mulher nenhuma feliz. A felicidade de Helena, no entanto, é a prova do contrário. Parar para Helena é apenas uma opção de carreira, não uma imposição do casamento. E deixa claro que está disposta, sim, a ajudar Luciana a lutar pela profissão que escolheu, a fazê-la evoluir na carreira.

Mesmo que Marcos tente se desculpar pela evidente demonstração de machismo, o mal-estar permanece. As palavras de Tereza ecoam nos ouvidos de Helena. Ela bem que avisou que Marcos tentaria impedir que Helena continuasse desfilando. E o que Marcos faz agora é uma clara imposição da própria vontade. Mas isso, Helena não aceita.

Último capítulo de Caminho das Índias.