Empresária cria lenço muçulmano “saudável” na Indonésia

Mulheres muçulmanas cobrem a cabeça agora com lenço que traz ímãs costurados para reduzir as dores do corpo e as dores de cabeça

< Mulher muçulmana olha roupas e "hijabs" em loja

Uma empresária da Indonésia criou um novo filão ao vender lenços para mulheres muçulmanas que vêm com pequenos ímãs costurados. Vendidos como produtos para a saúde, os lenços encontram consumidoras que agora comemoram o fim da fadiga e das dores de cabeça constantes.
Chamados de “hijabs”, os lenços de cabeça usados pelas mulheres muçulmanas fazem parte de seu traje diário. O que a empresária Herawati Widodo fez foi ter a boa ideia de usar ímãs em seu produto, após ler uma pesquisa que dizia que eles poderiam ajudar a reduzir as dores do corpo e aumentar o fluxo sanguíneo.
Não há qualquer evidência médica de que os “hijabs” com ímãs tenham esse poder de cura, mas a demanda parece indicar o contrário. A fábrica instalada na área central de Java está produzindo mais de 2 mil lenços ao mês, a preços que ficam entre R$ 10 e R$ 28. A empresa já oferece 21 modelos, que vêm sendo exportados para a Malásia, Cingapura e até para o Oriente Médio.

Buscador voltado a muçulmanos fiéis bloqueia resultados 'pecaminosos'

Empresa holandesa cria mecanismo que filtra web e categoriza nível de pecado dos resultados achados.

Escala de 'pecados' vai de 1 a 3, sendo três o mais grave

O número de mecanismos de busca para internet vem crescendo consideravelmente:  depois do Wolfram e do Bing, chega agora um buscador voltado especialmente para muçulmanos, o Imhalal.com. Ele foi desenvolvido por uma empresa holandesa e tem o objetivo de evitar que o internauta religioso tenha que se defrontar com imagens e textos pornográficos.
Em inglês, ImHalal significa "sou halal", palavra árabe para ‘aprovado pela lei islâmica’. O mecanismo filtra o resultado das buscas feitas pelo usuário para evitar que ele encontre, sem querer, uma página com conteúdo ‘haram’, pecaminoso.
O jornal espanhol "El Mundo" testou a ferramenta. Se o internauta procurar por álcool, por exemplo, ele receberá uma mensagem dizendo que esta palavra tem nível 1 numa escala de 1 a 3. Isso significa que ela pode trazer resultados ‘pecaminosos’, informa o buscador. O mesmo acontece para termos como terrorismo, armas ou porco. Se ainda assim o internauta quiser prosseguir em sua busca, ele pode clicar no link que o levará aos resultados.

Os desenvolvedores elaboraram um ranking de pecados mais ou menos graves. Vamos então ao nível dois. É onde você chegará caso faça uma busca pelos termos drogas, sexo, gay, lésbica ou prostituta. Ainda assim, é possível seguir e consultar os resultados.
Mas os avisos são verdadeiros. O primeiro resultado a aparecer em uma busca por sexo é uma notícia da ABC News sobre o aumento do sexo anal entre os adolescentes. Se porco pode ser ofensivo, imagine isso.
Ao nível 3, então. Palavras como prostituição, pornografia ou homossexual trazem, em vermelho, a seguinte mensagem: “O termo da busca tem um nível pecaminoso 3 de 3. Recomendamos que troque os termos ou tente novamente”. Desta vez, não é possível consultar os resultados. É haram demais.
“O primeiro passo foi bloquear sites com esse conteúdo”, explicou Reza Sardeha, um dos inventores da ferramenta ao jornal libanês "The Daily Star". Ele passou um ano navegando pela web para decidir quais conteúdos permitir e quais bloquear em seu buscador.
A idéia de criar a ferramenta surgiu numa conversa em que seus amigos se queixavam de cair freqüentemente em páginas com conteúdo sexual, mesmo quando faziam uma busca por termos inocentes.
“Tínhamos a sensação de que muita gente no Oriente Médio e muitos muçulmanos realmente evitavam a internet e impediam seus filhos de usá-la porque temiam o que eles podiam encontrar na web”, afirma Reza. “O ImHalal.com é uma ferramenta desenvolvida para que os muçulmanos possam desempenhar suas atividades em um ambiente limpo e seguro e evitará cair ‘acidentalmente’ em conteúdo explícito, mas se você procurá-lo deliberadamente poderá encontrá-lo”, completa.