Na primeira vez havia um misto de desejo incontido com dor-de-cotovelo; não houve como segurar – rolou.
Na segunda, a consciência pesava, travava a vontade; mas aí o argumento daquela mulher maravilhosa, de que nada queria em troca e sequer se importava com o fato dele ser casado, foi determinante.
Mas, para Marcos, essa última recaída foi o bastante. Se depender dele, não haverá mais passeios de barco, nem praias desertas, não haverá mais beijos, nada. Dora deve ser esquecida.
Na primeira oportunidade, antes do previsto, Marcos toma um helicóptero e volta para o Rio. Recebido por Gustavo, ele confessa sobre a volta repentina: “Foi uma decisão estratégica. Na verdade, uma fuga”.
Mas não informa qual a estratégia, nem de que fugia. Gustavo cogita a possibilidade de ser por causa mulher, mas Marcos não abre o bico. Gustavo, então, fica lá, com cara de paisagem, sem entender e mais curioso que nunca.