quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Liberdade para Benê

Condenado a serviços comunitários, Benê sai vitorioso do tribunal

Título da Matéria

Nem parece o cara. A camisa passada, a calça no vinco, os cabelos enrolados, pingando limpeza, tudo perfeito, nos trinques. É assim que Benê comparece diante do juiz no dia do julgamento. Mas não é iniciativa sua, não. O advogado é quem dá a dica, essa e outras mais. Aconselha que ele confesse o crime e que demonstre arrependimento. E diz mais, incentiva-o a ser simpático com as testemunhas de acusação.  Ele acha estranho, fazer encenação, mas pra ficar fora da cadeia vale tudo.  Dito e feito. Mas Ariane e Ellen não engolem a simpatia forçada do bandidão. Só tem uma pessoa que realmente acredita que Benê seja verdadeiro: Sandrinha.

Ela chega com o filho no colo, Flavinho e Soraia. E gosta do que vê: o namorado bonito, cheiroso, decente. No tribunal, trocam sorrisos confiantes. Mas quando vê Flavinho perto de Sandra, Benê logo torce o nariz. As testemunhas relatam o ocorrido e, talvez pela presença de Sandrinha ali, aflita, ou por medo de represálias mais tarde, aliviam um pouco a barra de benê. E, depois, ele ainda segue timtim por timtim a cartilha do advogado. Diz que estava nervoso, que nunca foi de violência, que não tinha intenção de assustar ninguém etc – ou seja, mente com deslavada semvergonhice. Acaba ganhando uma pena leve.

Condenado a trabalhos comunitários, Benê tira a sorte grande. Tudo teatro. Na saída, demonstra que tudo que dissera no tribunal era mentira: cria caso com Flavinho e é grosso com Sandrinha.  Será que esse rapaz tem jeito?

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Último capítulo de Caminho das Índias.