quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Alemão acusado de matar egípcia grávida a facadas é condenado à prisão perpétua

Crime ocorrido em tribunal em Dresden chocou muçulmanos.
Ele assumiu a autoria, mas negou premeditação ou xenofobia.

O alemão nascido na Rússia Alexander Wiens, de 28 anos, foi condenado nesta quarta-feira (11) à prisão perpétua por ter matado a facadas uma egípcia grávida. O crime causou revolta na comunidade muçulmana.
O caso foi julgado por um tribunal da cidade alemã de Dresden. Durante o julgamento, Wiens admitiu ter esfaqueado Marwa al-Sherbini. Ele argumentou, no entanto, que sua ação não foi premeditada nem teve motivação xenófoba.

Foto: AFP

Alexander Wiens chega nesta quarta-feira (11) a tribunal de Dresden para receber sua sentença. (Foto: AFP)

Al-Sherbini, de 31 anos, foi esfaqueada pelo menos 16 vezes em uma sala do tribunal de Dresden quando ia testemunhar contra Wiens.
Ela o havia acusado de a ter insultado com palavras racistas, chamando-a de "terrorista" e "islamista" durante uma discussão.
Muitos tribunais alemãs, como o local do crime, não têm checagem de segurança em suas entradas.
A acusação disse que o acusado usou uma faca de cozinha com uma lâmina de 18 centímetros para cometer o crime. Ele havia escondido a arma para entrar no tribunal.
Elwy Okaz, marido da vítima, ficou ferido ao tentar protegê-la. O filho do casal, de 3 anos, assitiu à cena do crime.
Um porta-voz do tribunal disse que Wiens terá de pagar uma indenização a Okaz, mas não entrou em detalhes.
Wiens teve a chance de se pronunciar no tribunal, mas preferiu ficar em silêncio.

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Último capítulo de Caminho das Índias.