Primeiro é Miguel quem dá as caras – mas esse já é de casa. Luciana está acostumada às suas visitinhas e, mais que isso, bastante necessitada delas. Mas quem aparece depois é Renata. Luciana tem um choque: “Nossa, Rê, como você está bonita!”. O elogio vem acompanhado de um imediato efeito depressivo. Luciana começa uma espécie de autoflagelo: “Pena que você não pode dizer o mesmo de mim”, diz. O amargor piora quando Renata conta que está posando para uma campanha arranjada por Osmar.
Luciana está feliz por Renata, mas triste por ela mesma. E tudo que Renata diz a partir de então, suas vitórias pessoais – que, aliás, não são tantas – soam como derrota para Luciana. Não por mal, mas por incapacidade de ver a vida de outra forma – pelo menos nesse momento. Renata fica sem graça, sem saber o que dizer.
Miguel intervém: “Ela está ranzinza hoje”. E começa sua rotina de animar Luciana, que, aos olhos de Renata – e de todo mundo – parece uma integração mais que perfeita.
O jogo logo muda. Agora é Renata quem se sente deslocada. Miguel conta suas piadas, Luciana ri e vice-versa. Parecem feitos um para o outro e Luciana diz isso textualmente: “Não sei por que seria de mim sem você o tempo todo ao meu lado”.
Renata sente que é hora de se despedir. Mas Miguel nem mesmo se prontifica a acompanhá-la: “Quero ver se Luciana vai comer tudo no jantar, que ela está muito desanimada pro meu gosto”. Fazer o que, não é Renata?
Nenhum comentário:
Postar um comentário