Não é só Isabel que anda falando demais. Ingrid é outra que gosta de dizer o que pensa e, por isso, acaba ouvindo o que não quer. Dia desses, ela, com uma dor de cabeça tenebrosa – e por isso com um mau humor de cão – fala para Miguel mais ou menos o que já disse pra meio mundo: que Jorge não deveria insistir em se casar com Luciana. Mas pra o filho médico ela veste sua opinião com uma cobrança. “Sei muito bem o que você deveria fazer como irmão: alertar Jorge para o caminho sem volta que ele vai seguir insistindo na vida ao lado de uma mulher condenada”. O comentário carregado de preconceito de Ingrid não para por aí. Ela insiste que Luciana nunca vai poder dar filhos a Jorge. Miguel fica pasmo com atitude da mãe e, com um olhar severo, faz um comentário que soa como um antídoto pras besteiras que Ingrid: “Se fosse o Jorge largado naquela cama de hospital e a Luciana estivesse desfilando por aí, cheia de sonhos, você diria pra ela se afastar do seu filho, pra procurar a felicidade em outro homem porque daquele aleijado não viria nada?”.
Não precisou dizer nada mais, exceto que talvez a dor de cabeça de Ingrid fosse contagiosa. Agora é Miguel que está indisposto.
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