Nesse réveillon, o que não falta para Luciana são encontros. Depois de uma conversa tensa com Helena, em que fala mais do que ouve, abre o coração e diz que desistiu de odiar, ela sai bastante aliviada. É como se tirasse um peso enorme da alma, pouco antes da meia-noite.
Bem, mas terminada essa etapa inevitável, é a vez de Luciana curtir mais a noite. Ela se senta na mesa com os pais, a enfermeira, Jorge e Miguel – e se prepara para cear. E mais uma vez vira a estrela da noite, atraindo olhares de todos.
No entanto, mais treinada no uso das adaptações necessárias para ter autonomia à mesa, Luciana não passa vergonha. Todos admiram muito os progressos, menos Jorge, que está visivelmente desconfortável, bebendo mais do que costuma.
Miguel vai cobrá-lo mais tarde e quase os dois se desentendem.
Luciana temia muito atrair a curiosidade mórbida das pessoas, ser observada com aquele misto de pena e falsidade, mas o fato é que ela curte muito a noite. Só fica chateada ao ver Jorge desabar num sofá roncando. “Acho que ficou deprimido por minha causa”.
Disso, não há dúvidas
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