quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O livro aberto

Helena comenta que houve uma Silvia na vida Marcos; ele não nega

Título da Matéria

O papo rola na piscina. Helena recebe Ellen, Ariane e Alice e a mulherada já está na água, buscando refresco pro sol que derrete corpos e paisagem. Marcos prefere ficar de fora, preparando drinques, e, por isso, é motivo de chacota. As moças insistem que ele mergulhe, mas pra fugir da água – ou da tentação  –, Marcos usa uma de suas desculpas clássicas: “É muita sereia para um pobre peixinho”.

Helena não concorda com o diminutivo pro maridão, mas chamam sua atenção: “Olha a propaganda!”. Ariane tem razão. Afinal, as amigas são lindas e estão todas disponíveis.
Helena brinca, diz que confia nas amigas, mas em Marcos... “Sei de tantas histórias suas... Nossa, de arrepiar”.

O comentário só faz atiçar a curiosidade da mulherada e Helena é obrigada a contar, mas adianta: “Nem estou me referindo a histórias que a Tereza me contou... Mas não se esqueça que vivo num mundo que você já frequentou”. Marcos se defende, garante que modelo ele só conheceu duas: Helena e Tereza. Aí, Helena saca um nome que, para Marcos, a princípio, não parece conhecido, mas nos soa familiar: Silvia.

Marcos puxa pela memória, faz um esforço hercúleo e encontra lá no fundo da mente cuidadosamente alojada uma vaga lembrança: “Acho que tive, sim, uma namorada... Ah, me lembro, era modelo”. E diz com tanta franqueza que convence e não provoca aquela sensação de saia-justa comum nessas conversas. Ganha, sim, é elogios como o de Ariane: “A vida do Marcos parece ser um livro aberto”.

Pode até ser, mas aberto em que página?

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Último capítulo de Caminho das Índias.